raça de cães

A formação das raças dos cães

março 13, 2017 9:48 am Published by Leave your thoughts

Quando pensamos na escolha de um cão, começamos por imaginá-lo. Como seria bom chegarmos em casa e recebermos demonstrações de afeto, lambidas, o rabo abanando, ele feliz por encontrar-nos ao final de um dia cansativo de trabalho. Além do mais, devemos passear com nossos cachorros. Que ótima oportunidade para iniciarmos aquela atividade física que tanto postergamos! Cães também são ótimas companhias para crianças.

Após nos encantarmos com os prós, vamos aos contras. Xixi por toda a casa, latidos, braveza (ele me atacaria?), gastos com veterinário, alimentação, etc. Bem, a vontade de ter um cão venceu. Passamos à escolha. Qual raça é a mais adequada? Moro em apartamento, casa? O cão fica muito sozinho? Pode destruir meus móveis, os vizinhos podem reclamar. Ah. Já sei, posso deixa-lo numa creche. Em nossa creche para cães, nossa maior clientela é de cães que ficam sozinhos durante o dia. Brincam aqui com os amigos e chegam em casa calmos e tranquilos.

Aí você passa em frente a um espaço de adoção e é fisgado pelo olhar doce de um vira-latas. Amor à primeira vista! A partir de então, você e ele firmam um contrato de amizade incondicional.

O olhar doce do cãozinho, assim como características de proteção, caça, companhia, pastoreio e outros comportamentos específicos auxiliou no estabelecimento das diversas raças, conforme afirma Mauro Lantzman em seu artigo “Domesticação Canina”, publicado no livro “Fundamentos do Comportamento Canino e Felino”, editora MedVet. Essas características, afirma Lantzman, são o resultado da seleção artificial, especialmente nos últimos estágios da domesticação, quando “A morfologia do cão em relação ao lobo alterou-se especialmente…”.

O autor afirma que “As diferenças entre as raças são produto da seleção promovida pelo ser humano que não criou novos comportamentos, mas acentuou partes de sequencias comportamentais, para o cumprimento de funções específicas”.

Embora haja vestígios de domesticação que remetem a 30.000 anos, o processo de domesticação contínuo data de 12.000 atrás, resultantes de “…cruzamentos espontâneos ou promovidos artificialmente pelo homem entre lobos, entre lobos e cães, entre cães com características diversas e eventualmente novamente entre cães e lobos…”.

A identificação das raças propriamente ditas se deu com os egípcios e os romanos. A partir daí várias raças apareceram. Os cães de companhia, tão em evidência hoje em dia e de grande mercado, têm sua popularização recente, iniciada cerca de 200 anos atrás. Atualmente, segundo cita o artigo, existem mais de 400 raças reconhecidas pela Fédération Cynologique Internationale.

O aspecto mais importante na identificação das raças é o conhecimento das características dos cães, seja pelos proprietários, seja pelos veterinários. De uma raça determinada se espera a reprodução de padrões esperados. Já o cão vira-latas, ou SRD (sem raça definida) apresenta todas as potencialidades da espécie, sem que “… se possa prever, de fato, sua real vocação”.

Aqui, na Ossos do Ofício, temos contato com várias raças e cães vira-latas. O que mais nos impressiona é que, embora cada um apresente características ou “vocações” específicas, sua capacidade para se organizar socialmente entre semelhantes e humanos permanece intacta. Temos, inclusive, a forte impressão (seria muito interessante que se fizesse um estudo mais aprofundado. Deixamos o espaço aberto para biólogos, veterinários e comportamentalistas para realizar esse estudo) de que, quanto mais exercitam suas habilidades sociais, mais desenvolvem suas habilidades específicas. Independentemente da raça.

É isso aí, pessoal, até a próxima!

Abraços,

Ricardo – Ossos do Ofício – Creche e Hotel para Cães

11 9.4197-7799

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This post was written by Ricardo Assumpção

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